“Declaro, proclamo, assino que nesta
sexta-feira 13 do mês de setembro de 1974 estive no “Caldeira”, na boa e
carinhosa companhia dos maiores boêmios de Manaus. E adorei!”
O texto acima foi escrito por
Vinícius de Moraes ao passar quase que um dia inteiro num bar do centro da
cidade, “O Caldeira”. Deixou um recado numa folha de papel, carinhosamente
preservado até hoje. Vinícius conversou, escreveu, cantou, brincou, bebeu. Fez
tudo aquilo que um poeta boêmio gosta de fazer.
Mestre
Vinícius
Ao mestre digo
Obrigado
Não o conheci assim de tocar
O tenho na memória
Do retrato
Nas leituras secretas a
folhear
Na rotina saborosa
De degustar o verso
E a prosa
Do mestre aprendi
Que o infinito é
Enquanto durar
A intensidade do que vivi
As palavras do mestre
Viajam distantes
No universo íntimo e
profundo
Dos simples e mágicos
instantes
De uma alma que cabe o mundo
Ao mestre digo
Imortal
Na tua chama sempre
aquecerei
Os sonhos e os desejos
Até aqueles que nunca terei
Nada mais imortal
Que o amor do poeta
Nas rimas de uma vida
Que não encontra final
L.A.
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