segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ausência






Ausência

 

Você partiu...

Brevemente...

Se foi...

Imensamente...

Deixou...

Em mim um vazio

Pudera eu ter evitado

A partida assim...

De imediato...

Sem antes guardar de ti

Um presente teu

Pra chamar de meu...

Um pedaço seu...

Pra minha companhia

E assim saciar a minha alegria

Noite e dia

Pra lembrar de tudo que sou

Na tua presença...

E do nada que resta...

Na tua ausência

 

L.A.

 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Livre


 
 
 
Eu-Livre

Livre!

Porque não havia em mim outro pensar

Não carregava mais as preocupações do mundo

Apenas eu e o universo a vagar

Na vida perdida num segundo

Entre nós... o vazio

Da liberdade por um fio

Que tudo preenchia

Que tudo definia

Vazio que se traduzia

Na coragem de não precisar ter

De não precisar fazer

De ser unicamente um ser

Vivente por si só

E por si só

Um presente em mim

Livre!

Em ser somente eu...

Puramente...

Enfim!

 

L.A.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Torcedor





 

Torcedor

Percorro os olhos pela massa

Entrelaçada...

Num grande abraço

Presa ao forte laço

Reunida...

Em estado de graça

 

Ouço vozes a gritar

Num único som

Numa espécie de febre a queimar

De quem vibra no mesmo tom

 

Todos querem guardar

O brilho de uma vitória

A lembrança de uma glória

Todos querem...

Comemorar

 

A massa também silencia

Inerte...

Estática...

Sob feitiço...

Magia

O todo à espera

Sem ar...

Até que...até que...até que...

O povo enlouquece

Engrandece

“Agigantece”

 

Mundo de corpos a pular

Carregados de emoção

Gente...

Paixão...

Que se permite chorar

Que se deixa levar

Que se deixa fazer

Que se deixa perder

Na entrega apaixonada...

De puro amor...

Fruto de alma...

Do coração de torcedor

 

L.A.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Silêncio


 
 
 
Silêncio ( de amor )


Nem sempre se fala

Mas...

Quase sempre se pensa

E na medida em que cala

O silêncio...

Quase nunca compensa

 

De que vale a boca muda

Sem expressão...

Sem vontade

Um mero fetiche

Vaidade...

Realidade crua e desnuda

Companhia vazia...

Que simplesmente não muda

 

O silêncio quebra

Esmaga

A certeza vibra

Engasga

A voz que não cansa de dizer

No sentimento...

Tremendo

Não há de ser

Palavra...

Sustento...

Remendo...

 

Silêncio fala baixinho

Murmúrio seco...

Levinho

De um gemido forte

Profundo

De um gesto

Simples

Do mundo

De falar sem dizer

De sentir sem parecer

O quanto silencio

De amor por você

 

L.A.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Tempo







O Tempo

Não se dá tempo ao tempo

O tempo se dá

Por si só

A cada instante

A cada momento

A disparar

Sem pena

Sem dó

 
O tempo é rei

Senhor de tudo

Não há como impedir

Sem “mas”, “todavia”, “entretanto”

Muito menos...

“Contudo”

O verbo do tempo

É seguir

 

Do tempo se rouba

Sorrateiramente

Insistentemente

Sem vacilar

Nem pestanejar

 
Do tempo se tira

Oportunidade

Aprendizado

A cada dia...

Maturidade

 

Ao tempo

Sentimento

Lamento

De todo o tempo

Que se foi...partiu

Sem olhar para trás

De todo o momento

Que já...

Não volta mais

 
L.A.

Adiante



 
Adiante

Pra frente se vai

Pra frente se segue

Bem longe se cai

Distante se ergue

 

Sem duvidar se vai

Acreditando se ergue

Não importa se cai

O importante é que segue

L.A.